Quem tem a personalidade disfórica tem uma natureza intensa, dramática e criativa. Pode ter sentimentos positivos e negativos quase que simultaneamente.
Períodos de desânimo e temor rapidamente se alternam com excitação, agitação, tensão ou irritabilidade. O conflito entre seus desejos e medos se expressa como momentos de impulsividade intercalados com atitudes retraídas.
Essa complexidade confunde as pessoas ao redor, já que é difícil prever seus sentimentos, pensamentos e comportamentos.
Os disfóricos se destacam por uma visão particular do mundo. A variedade de emoções com que experimentam a vida faz com que percebam os fatos a partir de vários prismas.
A autoestima também oscila entre fases confiantes e outras inseguras, se caracterizando por uma “constante inconstância”. A complexidade de sentimentos faz com que se autoavaliem ora de modo positivo, ora de modo negativo.
Frente a frustrações é comum algum comportamento em excesso no terreno do prazer, como compras, festas, drogas (cigarro e bebida, principalmente) e/ou comida (principalmente doces) na tentativa de recuperarem o bem-estar.
Nesses momentos, também podem falar muito (muitas vezes ao telefone) para tentar desaguar os sentimentos ruins, ou ficar em um estado de baixa energia e dormindo bastante.
Os disfóricos são sensíveis ao ambiente e, quando abalados, reagem com respostas emocionais imediatas e fortes. A mistura de sentimentos positivos e negativos se reflete também no padrão de pensamento do tipo “tudo ou nada”.
São ótimos debatedores e sabem usar seu tom dramático ao seu favor. Suas opiniões são fortes e, em discussões, nem o melhor dos argumentos consegue demovê-los de suas ideias. Sua mente aguçada o torna um bom defensor de suas ideias.
Os disfóricos costumam sofrer críticas sobre seu jeito de ser e de pensar. Geralmente reagem mal a isso, guardam rancor e se afastam.
Em contrapartida, em ambientes em que se sentem seguros e com pessoas que aceitam seu estilo, tendem a acrescentar bastante às relações, divertindo-se e oferecendo novos pontos de vista.
Quando gostam de algo, as pessoas com a personalidade disfórica geralmente “se atiram de cabeça” na atividade e aprendem rapidamente.
Depois de algum tempo, podem se desinteressar, especialmente quando não há mais novidades e desafios. Desde a escola é comum terem alguma dificuldade de concentração e atenção quando não é claro o sentido da atividade.
No trabalho, tendem a se dar melhor em ambientes menos controlados e com regras mais flexíveis.
Prezam muito pela autonomia e liberdade para fazerem as coisas do seu jeito. Por isso, as funções em que se adaptam com mais naturalidade são aquelas em que podem deixar o seu estilo transparecer.
É importante serem desafiados e estimulados para que não se entediem. Só então podem usar sua perspicácia para descobrir as causas dos problemas e propor soluções.
Sua força está em iniciar projetos e atividades, mas em execuções de longo prazo tendem a se desgastar mais do que os outros.
Quando têm prazos, muitas vezes deixam tudo para a última hora. Não é de surpreender se no currículo houver muitas mudanças de trabalho, de áreas de interesse ou de lugares onde já morou.
Nos momentos em que sentem confiança e segurança, apresentam bons níveis de atividade e criatividade.
A tensão que acompanha essa personalidade determina alguns comportamentos comuns entre os disfóricos: um estilo de dirigir mais agressivo e uso de palavrões no dia a dia.
Não é raro que tenham hábitos ligados à ansiedade, como estalar os dedos e roer unhas. Como tendem a apresentar dificuldades para se desligar dos problemas, relaxar no fim do dia pode ser mais demorado para essas pessoas.
Muitos disfóricos têm o hábito de dormir tarde, principalmente entre os 14 e 26 anos de idade. Uma característica curiosa é que, em média, consomem mais refrigerantes do tipo cola (como Coca-Cola) do que a maioria das outras pessoas.
O convívio social dos disfóricos também reflete seu padrão turbulento e instável. Assim como podem ser muito sociáveis, interessantes e cativantes, podem ter reações desproporcionais e suas opiniões fortes causam desconforto. Gostam de ironias e podem ter um senso de humor picante.
Nas relações íntimas, os vínculos afetivos podem se desgastar em função dessa reatividade, tendência a reclamações, imposições e cobranças.
Têm a propensão a desenvolver relações que começam no padrão “tudo de bom” e com o tempo se transformam em amor e ódio. Isso pode gerar uma maior rotatividade de relacionamentos.
Quando se sentem traídos ou desconsiderados, costumam ser vingativos, seja de forma aparente ou velada.
Episódios de explosividade, raiva, desconfiança e possessividade costumam ter um preço alto nos relacionamentos amorosos dos disfóricos.
Quando se importam com uma pessoa, não medem esforços para agradá-la e podem ser extremamente bondosos e agradáveis. Nesses momentos, doam grande parte do seu tempo para essa relação, em alguns casos em detrimento de si mesmos.
Com o tempo, o desenvolvimento da maturidade nas relações permite aflorar seu lado mais divertido. Quando se unem a pessoas mais estáveis, que promovem a harmonia, os disfóricos colaboram com uma “pitada de pimenta”.
Sua reatividade emocional costuma gerar uma dose significativa de sofrimento para si e para os outros ao redor. A lapidação dos seus traços mais disfuncionais traz grandes benefícios.
Os disfóricos podem contar com várias técnicas e ferramentas do aplicativo Cingulo. Por sua própria conta, podem reduzir a turbulência emocional, raiva, tensão e ansiedade, gerando um estado de maior bem-estar.
Você pode baixar o Cingulo em seu celular para resolver as questões emocionais que mais atrapalham a sua vida e se aprimorar pelo autoconhecimento.